Trabalhadores em Situação Análoga à Escravidão são resgatados em Exu no Sertão de Pernambuco
Na região do Sertão de Pernambuco, um grupo de trabalhadores foram resgatados em situação análoga à Escravidão enquanto atuava na extração de madeira para empresas ligadas ao Polo Gesseiro do estado. As condições em que trabalhavam eram insalubres, inseguras e degradantes, sem as mínimas condições de dignidade.
A denúncia que levou ao resgate dos trabalhadores partiu da Polícia Federal, que identificou a atividade laboral em condições precárias por meio de imagens captadas por drone. Os trabalhadores foram encontrados em alojamentos improvisados, sem instalações sanitárias adequadas, proteção contra animais peçonhentos, energia elétrica ou água potável. O único acesso à água era um reservatório com anfíbios.
Os trabalhadores, recrutados na cidade de Jardim Tavares, eram transportados até o local de trabalho e precisavam levar consigo todos os utensílios necessários, incluindo alimentos e ferramentas. Trabalhavam sem Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) ou treinamento adequado, utilizando ferramentas como foices e facões, e até mesmo uma motosserra, sem a devida segurança.
Após o resgate, os trabalhadores foram assistidos pelo Ministério Público do Trabalho, que firmou um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com o empregador. O TAC prevê o pagamento de indenizações por danos morais individuais e coletivos, além do custeio de despesas como transporte, alimentação e hospedagem. Os trabalhadores também receberam auxílio do Seguro-Desemprego do Trabalhador Resgatado e assistência de órgãos locais de assistência social.
Trabalhadores em Situação Análoga à Escravidão
Essa ação conjunta entre instituições públicas foi fundamental para garantir a dignidade e os direitos desses trabalhadores, que estavam submetidos a condições desumanas. É essencial que casos como esse sejam denunciados e combatidos, visando garantir condições de trabalho justas e seguras para todos os trabalhadores.
